The Shadow Hunter

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Keep it Simple

sábado, 23 de agosto de 2008

Valsapena (Cirque Du Soleil)

Ligeiro e livreComo um pássaro
Uma bicicleta
No céu azul

Divino e calmoSobre o mar
Voando, o pássaro é um rei
Seus olhos vêem o mundo cinza
Sua alma chora de compaixão

A bela solidão

Ligeiro e doce
A um chorar
Livra-se de poder se envolver
Dimantes da lua
Sobre a água que dorme
É teu caminho de conquistador

Teus olhos não viam o fogo do céu
A terra colocou suas correntes nas tuas asas
A terra colocou suas correntes nas tuas asas
Para te guardar perto dela

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Estar só
Vagar pelo infinito.
Caminhar devagar entre as pessoas que caminham rápido.
Sofrer calado dores indefiníveis.
Ouvir o mundo. Sentir-se cada um,E, mesmo assim, encontrar a si mesmo em ninguém.
Estar sóVer o mundo por lentes claras.
Ter idéias inexatas, que aceitam tudo aquilo que apenas é.
E assim, ser execrado e banido antes mesmo de ser notado.
E ser notado apenas quando os outros apelam para a fé.
Estar sóPerceber claramente a presença divina na realidade,E, por não precisar crer para ver um Deus, ser julgado incrédulo, pagão, herege.
Julgar-se impróprio, inadequado, incorrigivelmente.
Sentir-se desmotivado para existir plena e coerentemente.
Estar só
É sentir-se distanciar de tudo quanto mais próximo das pessoas se fica.
É ter uma mente que pensa sozinha, independente do desejo do pensador.
É amar o mundo e a alegria, mas não experimentar o amor e a felicidade.
É beber da fonte sem jamais saciar a sede.
É ter uma esperança vã numa vida sem destino.
É ter motivos para morrer e chorar,
Mas, no entanto, caminhar séria e obstinadamente, sem ter nada a dizer.
Sentir o sono que promete curar as próprias aflições
E, nunca, jamais, entregar-se a ele.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

A jura do Paladino

Por entre os vales caminharei
Cantando meus versos de alegria
Todos os meus sonhos viverei:
- Aventuras, Amor e magia.
Eu irei me queimar com o fogo
E beberei da água mais pura.
Eu provarei do sabor do beijo,
Da paixão, do seio, da candura...
Por vezes, eu dormirei sozinho.
No inverno, vou tremer de frio.
Sentirei a carência do colo,
Que dos anseios aparta o vazio.
Lutarei guerras e verei o inferno.
Experimentarei Amor; Paz;
Sofrerei a dor da perda sereno.
De abrir meu peito serei capaz.
De consciência eu serei pleno
Nos caminhos árduos da virtude.
Minha integridade amiúde
Transmitirei através do vento.
A minha arte hei de expressar.
Por uma mera intenção pura
Brandindo meu brasão pelo ar,
Minha fé será Zelo e Ternura.
Que esta jura seja ouvida
E meu compromisso seja eterno
Pela flor que abre no fim do inverno
Por minha honra; por minha vida.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

À Lua

Lua, uma grande dor
me vem, só por te olhar.
Se fosses menos distante,
acho que eu morreria,
sim, só de te desejar.

Por favor, deixe-me só,
assim, de tempos em tempos
Ponha-se bem lá distante,
em seu retiro vibrante,
no eterno céu, a minguar.

Pois se cheia eu ver-te sempre,
de certo o meu vão espírito
há de se pôr a expirar.

És fonte do meu poder,
de toda, a minha alma,
de toda a minha magia...
Em toda a sua pureza
eterna, alva, divina

Ao cantar encantamentos
à sua nobre presença
Moldam-se os elementos,
do forte calor do fogo,
de vã dureza da terra,
à água, ao frio vento.