The Shadow Hunter

The Shadow Hunter
Keep it Simple

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Declaração para ela que é cheia de vida!

Quando tudo era distante
dentre esse mundo de cinzas
Vi em seus olhos suplicantes
que em meio ao caos há vida

Tão forte em firme atutude
Tão linda e cheia de vida.
Sublime em gestos, virtudes.
Poderosa, mas perdida

Se é verdade o que me disse
Sobre ter por mim pedido
Acho que alguém te ouviu
Uriel falou comigo

Príncipe da profecia
Da inspiração e magia
Trouxe até a minha janela
Sua idéia singela

Onde eu me via fraco
Existindo sem visão
Nas janelas da sua alma
Eu achei o meu coração

Vim aqui para lhe entregar
Tudo aquilo que pediu
Não sei do que isto é feito
Eu só sei que Ele te ouviu

Eu aqui não sou herói
minha virtude oculta em véu
Mas de fé sou verdadeiro
no seu colo está meu céu

Longe, sou só poeira
Eu só quero ser aquele
Que merece estar por perto
Por uma vida inteira

Queria eu poder voar
pra janela do seu quarto
Lá então, te ouvir falar
e te olhar sem dizer nada

Só que eu não sou um anjo
Não me foram dadas asas
Eu só tenho meu amor
Sincero, seu e mais nada.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Feliz Natal

A doutrina hoje é : "anjos merecer morrer"; "compreensão é mostrar fraqueza"; "zêlo cria dependência"; "as cores do arco íris são apenas tons de cinza"... Você dispensará toda a atenção. Tecerá cada som com sabor de mel e aroma de flor. Deixará claro para onde está indo. E, mesmo assim, não lhe será dado valor. O último que insistiu com isso morreu com uma estocada no fígado.

Nos próximos dias será uma data importante. Abra a porta para os anjos, ouça sem julgar, cuide sem esperar e pinte a vida com alegria! O criador se conduz assim. Sua criação é o mundo feito de sua conduta. Sua criatura vive nesse mundo. Nós criamos, a cada instante, o mundo que vivemos - preto, branco ou cheio de cores.

Feliz Natal a todos!

domingo, 12 de dezembro de 2010

Um pensamento sobre pureza de intenção...

Dizer "Eu te amo" 


As pessoas usam palavras para dizer o que pensam.
E para cada pessoa, para cada momento,
Às vezes para quem diz,
Às vezes para quem escuta,
Estas mesmas palavras têm um significado diferente.

Nem sempre um simples "eu te amo" consegue dizer tudo o que a gente sente.
Sabe aquele desejo de ver um sorriso espontâneo na pessoa amada?...
Aquele que a faz deixar claro que ela percebe o quanto é querida?
Esse é o que faz efeito!
É aquele que a gente diz por necessidade, sede, anseio.
É quase como pedir carinho, quando se está muito carente.
E de uma carência que só um sorriso como o seu e um brilho como o dos seus olhos podem curar!

Esse é o que eu te ofereço!
E que tenho certeza que é o que você merece ter de todos os que te cercam e tem!

Desejo muito que isso que eu disse te faça sorrir!

terça-feira, 12 de outubro de 2010

A magia está em toda parte, basta eu estar pronto para percebê-la.

Acredito que metade daquela coisa mágica da experiência da poesia está na nossa capacidade de ver as coisas com a mente e o coração abertos.  Esse vídeo é de um brasileiro chamado Jarbas Agnelli e atualmente está concorrendo no concurso YouTube Play, criado pelo YouTube em parceria com o Museu Guggenheim. A ideia principal deste concurso é de premiar os melhores artistas que trabalham na área do video online.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Se Ele fosse uma criança ...

O herói e um garoto conversam perto de uma colina.

    Heroi - Não sei por que estou preso aqui perto de você. Se não fosse um perigo para si mesmo e para o mundo, eu poderia estar ocupado de missões mais gloriosas.

    Garoto - Você é arrogante e estúpido. Não gosto de você. Fica o tempo todo tentando me proibir de fazer o que quero.

    Heroi - Você só faz o que quer para si mesmo. Vê tudo girando ao seu redor. Se você tivesse nascido como eu, não haveria problema. A natureza lhe traria dificuldades que lhe ensinariam a ser consciente e a pensar nas consequências de suas ações. O problema está em que tudo se encontra sob a sua influência. A natureza se curva aos seus desígnios. Se você assim desejar, a realidade se distorce. Eu estou aqui numa missão perdida de tentar evitar que você faça mal ao mundo.  Você deseja mal as outras pessoas?

    Garoto - Não. Não mesmo. Por que eu quereria? Por quê você acha isso?

    Heroi - Eis a questão. Eu sou chamado de herói mas é você que detém o poder. Se você realmente não gostasse de mim, poderia me transformar em pó com um olhar, mas não o faz. Ao contrário, apesar de ficar aí reclamando, não deixa eu me afastar de você. Como se eu fizesse diferença para proteger você, apesar de nada no mundo ser obstáculo para sua vontade.

    Garoto - Eu tenho medo de ficar sozinho.

    Heroi - Eu sei. Eu não vou lhe abandonar. Sei também que você você sequer sabe o que é bem e mal. Depois de tanto tempo nesta missão, vejo que você nunca saberá e que há uma certa coerência nisso.

    Garoto - As vezes eu não entendo o que você diz.

    Herói - (Risos!) Me desculpe. Eu me perdi em meus devaneios.

    Garoto - Você é um homem muito triste. Devia arranjar uma namorada.

    Herói - É mesmo? Eu pareço assim tão triste?

    Garoto - Você está sempre com essa cara de fim de tarde, numa terça feira de chuva fina e fria. Você nunca se queixa, mas eu acho que você se sente sozinho. Por isso acho que uma namorada lhe caberia bem.

    Herói - Eu estou vivendo a maior das gurras em te acompanhar, pois você é um irmão querido e ao mesmo tempo uma ameaça a tudo que existe. Não posso estar seguro de que minhas ações evitarão um desastre. Você não é um inimigo que eu deva lutar contra, golpeando com minha espada. Mas a minha missão é atuar sobre a sua agressividade. Não entendo por que você aprecia o convívio comigo e me escuta a ponto de calar estas vozes selvagens do seu poder.

    Garoto - O que isso tem a ver com você arranjar uma namorada?

    Herói - O carinho e a entrega me cairiam bem sim. Você me vê feliz, com um par que me compreenda e me acolha.  Uma bela moça que com sua ternura cumpra o efeito de me acalmar, de me trazer a paz.

    Garoto - Você é um herói. Você merece a paz.

    Heroi - Para existir sob este nome, a paz jamais fará real parte de minha vida.

    Garoto - Não acredito nisso. Você agora fala como um tolo melancólico. Nós vamos sair daqui e visitar as próximas cidades. Se eu posso curvar os elementos sob minha vontade, posso lhe ser de uma grande ajuda nas tais grandes missões que diz querer fazer. Se eu prometer submeter minhas vontades à sua apreciação, o que você acha de sairmos para agir sobre os males do mundo.

    Heroi - Este foi o erro de minha juventude. Não podemos sair por aí simplesmente interferindo no curso das coisas. Não sabemos as conexões que estão sob o véu dos acontecimentos. Se concordar, sairemos por aí como se eu fosse um homem comum e você um ser humano.

    Garoto - Qual a graça de ser um taumaturgo se não posso exercer a taumaturgia?

    Heroi - A graça está em observar como a natureza, que veio antes de você, faz a parte dela. Ela tem os mesmos poders que você. Graças a ela eu estou aqui. Minha vida está ligada ao seu fluxo. Ela não faz nada de maneira desequilibrada. Para cada raio de luz a uma igual quantidade de sombra. Para que você aprenda a ser como ela, com tudo o que você tem, é preciso que compreenda como agir indiretamente, sem interferir.
    Garoto - Eu não entendi nada do que você disse.

    Heroi - Desculpe. Eu falei as coisas que eu gostaria que você compreendesse, não as coisas que você precisa compreender agora.

    Garoto - Não, não se desculpe. Eu achei interessante. Acho que até fiquei com alguma coisa. O que você quis dizer com "agir indiretamente"?

    Heroi - Tudo ao nosso redor é o momento que nossa percepção reconhece como atual de uma sequência infinita de desdobramentos de ínfimas interações entre elementos e situações. Observe aquela pedra. Ela é duas vezes maior que eu. Você sabe que eu não posso erguê-la e empurrá-la do penhasco, não é?

    Garoto - Sim. Faz sentido. Eu posso, quer ver?

    Herói - NÃO!

    Garoto - Tá, tá bom. Desculpe.

    Herói - (Risos!) Tudo bem. É por que senão você acabaria com meu exemplo.

    Garoto - (Risos!)

    Herói - Como eu is dizendo, e se eu disser que consigo movê-la sem tocar nela e sem usar poderes como o seu?

    Garoto - Eu diria que você bebeu vinho demais e que vai ficar de ressaca.

    Herói - (Caminha até perto da pedra e cava o solo um pouco a frente da rocha até o penhasco)

    Garoto - A pedra não se moveu.

    Herói - Bom, vamos então usar você para apressar as coisas. Peço que por gentileza "apresse" o trabalho daquelas nuvens ali sobre nós?

    Garoto - Fazer chover? Claro, isso é fácil, mas não entendo o que isso tem a ver com a pedra se mover.

    Herói - Uma chuva forte e breve, como aquelas de verão que você gosta. Aguarde e confie.
    Garoto - É pra já!
   
    Uma trovoada. Um vento repentino. Uma chuva torrencial se inicia. A água começa a encher o buraco que o herói fez com as mãos. O buraco vai aumentando, aumentando... até que o solo na frente da pedra não pôde mais segurá-la. Esta então começou a mover-se, lentamente no início, depois a rolar, até que caiu do penhasco.

    Herói - Você ainda acha que eu bebi vinho demais?

    Garoto - Aoh... é que... é...

    Herói - Se você for fazer alguma coisa com o seu poder, faça como plantar uma árvore. Coloque a semente na terra, cubra e coloque água, mas deixe-a crescer sozinha.

    Garoto - Eu não sei o que dizer.

    Herói - Que tal vamos procurar um lugar para nos escondermos da chuva?

    Garoto - Mas eu posso fazê-la parar...

    Herói - (Fita o garoto com um sorriso sereno.)

    Garoto - Tá bom! Nada de contrariar o fluxo.

    E sairam andando na estrada.   

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

O Sonho

Desde meus dias de criança eu caminho numa busca constante por significado. Percorri infindáveis milhas de estradas sinuosas e acidentadas, tentando achar a direção do centro, onde acreditava estar a resposta. Em certo momento recente encontrei um lugar vazio, escuro e silencioso. Minha bússola marcava que finalmente eu havia chegado ao meu destino. Olhei ao redor esperando ver alguma luz, mas após girar diversas vezes sobre o mesmo ponto, dei-me conta de que aquilo era tudo.  

Não pude acreditar que era somente aquilo. Eu vagara em busca do cerne da minha própria essência, e aquilo era só o que eu haveria de encontrar. Gritei minha dor e revolta com toda a força que possuia, mas nada era capaz de perturbar aquele estranho silêncio.
  
Sentei-me e olhei ao redor, buscando mais uma vez por algum sinal, mas nada percebia além de profundo vazio. Podia sentir apenas a mim mesmo. O calor do sangue em minha veias. O ar resfriando o meu peito a cada inspiração.  A ligeira aura de calor quando eu expirava.

Fiquei assim por algum tempo, sem lembranças, sem memórias. Somente eu. As minhas expectativas e desejos foram se dissolvendo sem que eu percebesse. A paz que eu não tinha antes se apoderou de minha consciência de uma forma sutil e irreversível. Em certo ponto, já não mais sabia se estava consciente ou inconsciente, se estava só ali sentado ou se disperso em toda parte.

Sentindo uma segurança sem igual, senti vontade de criar alguma imagem. Foi quando, então, eu me vi parado em um pátio costruído em granito bruto. Estava vestido em um robe bege e carregando um cajado com uma esfera de cristal opaco na ponta.

Algo que eu senti intuitivamente estava lá. Algo que independia de meu desejo de criar aquele microcosmo de imaginação. Um inimigo. O mais poderoso que eu jamais encontraria. Suas formas fluiam como o vento. Seu corpo era enorme e seu hálito era de fogo.
   
Sem pensar ou temer, apontei a esfera do cajado em sua direção e deixei vir aquela sensação aprendida ao estar sentado no centro de tudo. O Dragão se atirava em minha direção, serpenteando e cuspindo fogo. Da esfera então fluiu um jato de energia contínuo, que o atingiu em cheio ao mesmo tempo em que tive de saltar para não ser consumido pelas chamas das baforadas. Estranhei o quanto meu salto era fabuloso. O espaço e a gravidade não me prendiam, tão quanto não me abandonavam. Para cada investida do Dragão eu executava uma manobra evasiva. A cada vez que eu aterrisava, disparava um jato de energia contínua por alguns instantes. O jato causava um empuxo fortíssimo, exigindo que eu segurasse minha arma com firmeza. Após uma sequência de investidas, o Dragão começou a girar em seu próprio eixo desordenadamente até que se desfez explodindo em pedaços. Meu inimigo finalmente caíra.

Acordei hoje pela manhã e agora parece que tudo faz sentido!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

"Lógica de Modelo vs. Lógica de Desenvolvimento"

Link para o VIDEO - "Dois Pontos - Lógica de Modelo vs. Lógica de Desenvolvimento".

Este link acima é uma indicação para um video a respeito das formas de pensamento ocidental e oriental, bem como de suas interfaces. Leo Imamura fala sobre este tema no programa dois pontos, da iniciativa Psicológica.Tv.

Os nossos pressupostos e padrões de pensamento por muitas vezes são tomados como a única e verdadeira forma de observar, pensar e interagir sobre a realidade. A maioria de nós sequer se dá conta disso. A eficácia, o planejamento, o drive to achieve de nossa cultura são pontos relevantes nos quais o discurso nos leva a refletir. O contraponto está numa forma de pensamento que considera a alteridade e a ação indireta sobre as condicionantes de um efeito como o caminho para alcançar a eficácia. O próprio conceito de eficácia em si é algo que o tema leva a refletir.

Além de tudo, o palestrante no vídeo é alguém que tenho a honra de chamar de Mestre.
Vale a pena mesmo. Confiram!

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Diálogo entre Deva e Petrus.

Angelus Domini, santo guarda.

Angelus Domini, filho de Deus. O sofrimento te trouxe a estas portas?

Ele me fez despertar.

É bom ver-te. Faz tanto tempo... Incerto estás. Assim vejo. Sereno, como um espírito antigo, entretanto. Por favor, torna atual a pergunta que brota em tua atitude. Tua expressão me fascina.

Ela mentiu para mim.

Não sabes disso.

Não?

O que sabes?

Que ela reagiu ao rito de consciência. Que me deu 5 respostas foram incongruentes. Que vi claro arrependimento em seus olhos.

Falhou ao caminhar sobre os três meandros da virtude.

Perfeitamente.

Ela esteve diante de mim, mas não se lembrará de ter me visto ou do que conversamos. Bela jovem. Sorriso cativante.

Sim.

Não sabes muito bem o que quer fazer, ou o que quer saber. Não é assim?

Sim.

Vou lhe dar uma resposta para uma pergunta que terás ainda de aprender muito antes de fazer. Se abrires uma destas portas, o que está deste lado pode passar para lá, mas o que está daquele lado, pode vir para cá também.

Não vais me impedir?

Por que faria isso?

Não és o guardião destas portas?

Por acaso tu és uma ameaça?

Não é meu intento causar o mal, mas posso mesmo assim fazê-lo sem desejar.

Estas portas demarcam o limite entre o mundo concreto e o trasncendente. Quando o teu corpo perecer, tu virás aqui e esta porta estará aberta. Hoje, entretanto, vieste como deva, teu segredo, tua verdadeira condição. Podes escolher abrí-la a qualquer tempo, mas para cada escolha há um novo viés de desdobramento.

Temo que minha condição a tenha ameaçado.

E provavelmente o fez. Tua prece foi ouvida e atendida.

Minha prece foi para que Ele salvasse a vida dela.

Recebeste exatamente o que pediste.

Mais do que coloquei em palavras em minhas orações, não é?

Estás começando a compreender as maneiras Dele.

(Rsrsrs!)

É um prazer ver um sorriso em teu rosto. Se eu fosse cego às tuas vivências recentes,  no momento em que chegou a esta antesala, pensaria que não estavas feliz em me ver depois de tanto tempo.

E estou. Claro que estou. Por favor me perdoe.

Não se sinta culpado. Conheço-te, compreendo-te e amo-te. Se o perdão é o que tu desejas, já o tens antes de ter pecado, pois já estavas arrependido antes de tê-lo cometido.

Seu apreço por mim me traz paz. Sou lhe grato.

Não a mim, sê a Ele.

Sim.

Então. Diga-me. Como se sente com a dúvida que carregas?

Magoado.

Por quê?

Perceber a mentira me fez sentir traído.

Sim, compreendo. Mas não é só isso.

Não. Eu acredito que o fluxo que trago comigo tenha lhe causado mal, a ponto de ter ameaçado sua vida.

Tu sabes que não apenas não lhe causou nenhum mal, mas como jamais teve a intenção de fazê-lo. Qual é o teu crime?

Trazer a sina de Deva.

Tu achas que a Deva está lá a toa? Tu achas que és responsável pelas tramas além do teu destino? Como alguém que conhece Ele pode agir com tão pouca fé? Além disso, não podes ter a convicção de que foi a Deva em ti que fez com que a natureza agisse em desfavor à moça.

Meu propósito não diz respeito a mim. O medo de lhe causar mal só por estar em seu mundo me aflinge. Preciso fazer algo. Sofro em saber que sua escolha escurecerá seu espírito. Desejo dar a ela todas as chances de redenção. Tentarei influenciá-la a ver a si mesma e compreender o que está fazendo.

Tu desejas que ela confesse a ti a verdade.

Sim. Somente isso.

Sofrerás mais.

Evento inevitável na experiência mundana.

Bravura adimirável, tem a ver com o propósito, mas talvez um pouco tola.

Não se isso a levar a redenção.

Não tens controle sobre seu livre arbítrio. Pode ser que ela confesse e não se arrependa. Pode culpar-te, aberta ou veladamente.

Tenho consciência disso, mas será a escolha de acordo com quem eu esclho ser.

Que assim seja. Teu caminho é duro, mas terás uma bela história.

Espero que sim.

Como planejas colocar isto em execussão?

Deixando-a saber que o que me fere é saber que ela não me disse a verdade.

Por quais meios?

Todos os disponíveis.

Estejas abençoado.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Esquecimento

Aqui fora está frio. Não há mais ninguém. À minha volta só há cinzas, onde antes haviam crianças brincando, pessoas sorrindo e alegria. Com o tempo essas lembranças vão ficar mais distantes e os sabores e aromas vão desaparecer por completo da mente. A nítida diferença entre o recente dia de ontem e hoje me traz uma saudade que dói incomensuravelmente. Essa mesma dor há de passar para tornar-se esquecimento, vazio. Chegada esta hora não mais me lembrarei dos rostos de quem amei, dos dores e das alegrias, nem mesmo de meu nome. Como um espírito que vaga, sem entender seu passado ou seu destino. Como um corpo sem alma, morto em essência, vagante num mar de cinzas.

domingo, 1 de agosto de 2010

Dica de link interessante!

Há um canal em construção, Psicológica Tv, que conta com grandes referências em temas de psicologia. Na minha opinião o próprio apresentador está no pantheon e decidiu brindar o público com essa grande idéia de oferta de conhecimento e entretenimento. 

O nome do programa é "Dois pontos".
O tema dessa entrevista é "Édipo e Castração" pelo professor José Roberto Bastos.

Vale a penas conferir.

domingo, 25 de julho de 2010

Mutação

Não há nada a dizer. Somente um espasmo de sensação em mera ressonância. Palavras vazias em pura ausência de sentido perfazem-se em uma mente atordoada. No presente momento nada mais existe, somente um sol no meio do céu e algumas nuvens simbolizando alguns resquícios de ilusão. O tempo do potencial se foi. O presente apenas parece um passado de um futuro triste e sofrido, se a decisão for permitir que o fluir das águas levem o barco em seu devir inevitável. Os esforços de hoje parecem em vão. Não há mais pensamentos. Somente um vazio, não daquela tortura de uma existência solitária, mas de uma calma serena e indiferente. O céu ainda é azul. As crianças ainda sorriem. Os amigos ainda amam. Ainda há a mesma primavera de sempre. Tudo parece estar sempre mudando, mas ainda parece se tornar apenas uma nova versão da mesma coisa. Não há tristeza, nem alegria. A mesma coisa que frustra, é a que também alivia. O som, o tom, o dom a fazer milagres em algum tipo de sinfonia de notas silenciosas. A beleza de repente fez sentido e aparece clara em cada pessoa. Apesar disso, sem deixar de aparentar submissa às marcas e vícios de cada um.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Criar ou Vencer, qual você escolheria?

       Estarei morto provavelmente antes do fim deste século. Todas as pessoas que conheço e que irei conhecer provavelmente também estarão antes do fim do próximo. O que é importante mesmo quando eu olho as coisas com isso em mente? Duas coisas me vêm em mente. Uma delas é a necessidade de se aprender a vivenciar a experiência do momento presente o mais próximo da plenitude possível. A outra, construir um legado que permanecerá depois que eu deixar de existir.
        Essa cultura de competição em que vivo tenta vender uma idéia de que para conseguir alguma coisa nós temos de derrotar algum adversário. Grupos e mais grupos são criados com pelo menos uma maioria de integrantes pensando desta maneira. As pessoas que vivem dentro destes vivem a dizer que o mundo é injusto, que é um lugar feio, que a humanidade não vale nada, quando no fundo elas mesmas criam o ambiente que vivem. Olhar sob a perspectiva de construir e criar ao invés de vencer e derrotar é uma excentricidade anômala e muias vezes hostilizada.
        Confesso que não sei o que fazer com isso. Sinto como se levado para a ruína por esta minha visão, dita romãntica pelos de posição antagônica. Gostaria de encontrar pessoas que pensem parecido comigo para quem sabe formar uma sociedade. Os meios de hoje em dia podem conectar indivíduos distantes geograficamente a fim de colaborar entre si. O trabalho mais simples de se administrar e que possui a dimensão fundamental é o simples aprendizado em comunidade de prática. Se um grupo de amigos resolve se reunir periodicamente, para sessões com objetivos específicos de prática, a fim de adquirir algum conhecimento aleatório, os resultados serão infinitamente superiores em eficácia e desempenho, se comparados a cada um tentar apenas aprender conteúdo sozinho. Entretanto, uma coisa é fundamental, se alguém estiver lutando para ser o melhor do grupo, o que se destaca, a tendência é que todos comecem a fazer o mesmo e acabem conseguindo. Se a colaboração depende de todos se conectarem, se todos se destacarem, o que é que acontece? Com efeito, questiono aqueles que costumam dizer que grupos de estudo não levam a nada. Será que foi o processo de trabalhar em grupo que foi ineficaz, ou será que foi outra coisa? Que coisa será essa que parece que fica fugindo do pensamento?


Os homens são feitos um para o outro: instrui-os, ou então, suporta-os.  (Marco Aurélio)