The Shadow Hunter

The Shadow Hunter
Keep it Simple

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Diálogo entre Deva e Petrus.

Angelus Domini, santo guarda.

Angelus Domini, filho de Deus. O sofrimento te trouxe a estas portas?

Ele me fez despertar.

É bom ver-te. Faz tanto tempo... Incerto estás. Assim vejo. Sereno, como um espírito antigo, entretanto. Por favor, torna atual a pergunta que brota em tua atitude. Tua expressão me fascina.

Ela mentiu para mim.

Não sabes disso.

Não?

O que sabes?

Que ela reagiu ao rito de consciência. Que me deu 5 respostas foram incongruentes. Que vi claro arrependimento em seus olhos.

Falhou ao caminhar sobre os três meandros da virtude.

Perfeitamente.

Ela esteve diante de mim, mas não se lembrará de ter me visto ou do que conversamos. Bela jovem. Sorriso cativante.

Sim.

Não sabes muito bem o que quer fazer, ou o que quer saber. Não é assim?

Sim.

Vou lhe dar uma resposta para uma pergunta que terás ainda de aprender muito antes de fazer. Se abrires uma destas portas, o que está deste lado pode passar para lá, mas o que está daquele lado, pode vir para cá também.

Não vais me impedir?

Por que faria isso?

Não és o guardião destas portas?

Por acaso tu és uma ameaça?

Não é meu intento causar o mal, mas posso mesmo assim fazê-lo sem desejar.

Estas portas demarcam o limite entre o mundo concreto e o trasncendente. Quando o teu corpo perecer, tu virás aqui e esta porta estará aberta. Hoje, entretanto, vieste como deva, teu segredo, tua verdadeira condição. Podes escolher abrí-la a qualquer tempo, mas para cada escolha há um novo viés de desdobramento.

Temo que minha condição a tenha ameaçado.

E provavelmente o fez. Tua prece foi ouvida e atendida.

Minha prece foi para que Ele salvasse a vida dela.

Recebeste exatamente o que pediste.

Mais do que coloquei em palavras em minhas orações, não é?

Estás começando a compreender as maneiras Dele.

(Rsrsrs!)

É um prazer ver um sorriso em teu rosto. Se eu fosse cego às tuas vivências recentes,  no momento em que chegou a esta antesala, pensaria que não estavas feliz em me ver depois de tanto tempo.

E estou. Claro que estou. Por favor me perdoe.

Não se sinta culpado. Conheço-te, compreendo-te e amo-te. Se o perdão é o que tu desejas, já o tens antes de ter pecado, pois já estavas arrependido antes de tê-lo cometido.

Seu apreço por mim me traz paz. Sou lhe grato.

Não a mim, sê a Ele.

Sim.

Então. Diga-me. Como se sente com a dúvida que carregas?

Magoado.

Por quê?

Perceber a mentira me fez sentir traído.

Sim, compreendo. Mas não é só isso.

Não. Eu acredito que o fluxo que trago comigo tenha lhe causado mal, a ponto de ter ameaçado sua vida.

Tu sabes que não apenas não lhe causou nenhum mal, mas como jamais teve a intenção de fazê-lo. Qual é o teu crime?

Trazer a sina de Deva.

Tu achas que a Deva está lá a toa? Tu achas que és responsável pelas tramas além do teu destino? Como alguém que conhece Ele pode agir com tão pouca fé? Além disso, não podes ter a convicção de que foi a Deva em ti que fez com que a natureza agisse em desfavor à moça.

Meu propósito não diz respeito a mim. O medo de lhe causar mal só por estar em seu mundo me aflinge. Preciso fazer algo. Sofro em saber que sua escolha escurecerá seu espírito. Desejo dar a ela todas as chances de redenção. Tentarei influenciá-la a ver a si mesma e compreender o que está fazendo.

Tu desejas que ela confesse a ti a verdade.

Sim. Somente isso.

Sofrerás mais.

Evento inevitável na experiência mundana.

Bravura adimirável, tem a ver com o propósito, mas talvez um pouco tola.

Não se isso a levar a redenção.

Não tens controle sobre seu livre arbítrio. Pode ser que ela confesse e não se arrependa. Pode culpar-te, aberta ou veladamente.

Tenho consciência disso, mas será a escolha de acordo com quem eu esclho ser.

Que assim seja. Teu caminho é duro, mas terás uma bela história.

Espero que sim.

Como planejas colocar isto em execussão?

Deixando-a saber que o que me fere é saber que ela não me disse a verdade.

Por quais meios?

Todos os disponíveis.

Estejas abençoado.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Esquecimento

Aqui fora está frio. Não há mais ninguém. À minha volta só há cinzas, onde antes haviam crianças brincando, pessoas sorrindo e alegria. Com o tempo essas lembranças vão ficar mais distantes e os sabores e aromas vão desaparecer por completo da mente. A nítida diferença entre o recente dia de ontem e hoje me traz uma saudade que dói incomensuravelmente. Essa mesma dor há de passar para tornar-se esquecimento, vazio. Chegada esta hora não mais me lembrarei dos rostos de quem amei, dos dores e das alegrias, nem mesmo de meu nome. Como um espírito que vaga, sem entender seu passado ou seu destino. Como um corpo sem alma, morto em essência, vagante num mar de cinzas.

domingo, 1 de agosto de 2010

Dica de link interessante!

Há um canal em construção, Psicológica Tv, que conta com grandes referências em temas de psicologia. Na minha opinião o próprio apresentador está no pantheon e decidiu brindar o público com essa grande idéia de oferta de conhecimento e entretenimento. 

O nome do programa é "Dois pontos".
O tema dessa entrevista é "Édipo e Castração" pelo professor José Roberto Bastos.

Vale a penas conferir.