The Shadow Hunter

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Keep it Simple

domingo, 30 de janeiro de 2011

Altruísmo

Escolhas: bondade ou maldade, coragem ou covardia. O que é justo afinal? O que devo fazer nessa ou naquela situação que me desafia? Os valores mais enrraizados nesse lado do mundo apontam para o auto-sacrifício, o que estaria por trás do que se entende por altruísmo. Poucos sabem que este termo foi cunhado por um filósofo francês chamado Augusto Comte por volta de 1830. Segundo sua idéia, ações altruístas são aquelas que trazem bem ao outro, mas que necessariamente também trazem algum prejuízo para si próprio.

Será que não se pode fazer o bem ao outro sem causar prejuízo a si próprio? Até que ponto vale a pena ser legitimamente altruísta?

Quem sabe ele estivesse querendo questionar a troca, o preço por uma ação benéfica. Talvez ele quisesse apenas apontar a importãncia de servir sem esperar compensação. Afinal, o pai que vê o filho feliz quando lhe oferece um agrado não recebe de volta o prazer de ver a felicidade em quem ama?

Sim, mas esta experiêcia não é entregue pelo filho. O filho não fica feliz com o objetivo de oferecer isso ao pai. Ele simplesmente fica, e se for bem criança, nem se dá conta de que o pai aprecia isso. Ele apenas aproveita.

Segundo os alquimistas, a magia flui de você. Elá está no sangue que vem do coração. Cada vêz que usá-la, uma parte de você se vai com ela. Apenas quando estiver preparado para se entregar, sem esperar nada em troca, a magia funcionará para você.

É uma maneira simbólica e poética de dizer que o quê pai faz pelo filho é legitimamente "mágico". O efeito real fica encrustrado na memória profunda da criança. Ela não se lembrará de agradecer ao pai, mas sentirá necessidade de viver aquele momento novamente, mesmo que em outro papel no futuro. Ela pensará que custa muito pouco proporcionar esta experiência a outra pessoa e se questionará como as coisas seriam se todos começassem a fazer o mesmo.

Sou da opinião de que todos nós somos crianças ainda e de que assim seremos eternamente. A única diferença é que quando adultos, socialmente dizendo, podemos estar conscintes disso. Assim, advêm a responsabilidade de reciar o ciclo, ou seja, de agir como pai.

Podemos agir com a intenção do pai da estória acima, sem ter um prejuízo real, mas sim recebendo de volta o prazer inocente de ver a alegria autêntica, como a cor que alimenta a beleza das coisas. Agir com bondade não pode ser logicamente sacrifício. Agir assim cria de maneira indireta e sutil o mundo o qual não conheço quem não deseje viver.

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