The Shadow Hunter

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Keep it Simple

sexta-feira, 30 de março de 2012

O contraponto "ante-crítico"

Tenho um grande amigo com um talento especial em encontrar defeitos nas pessoas. As vezes ele simplesmente decide que não gosta de alguém e pronto. Parece tanto com bebê de colo quando estranha uma pessoa, que chega a ser hilário ver este comportamento num homem de 31 anos. Ele é um tipo crítico espontâneo, mas tem a grande qualidade de guardar para ele suas apreciações. Simplesmente decide se gosta ou não gosta. Isso sim ele faz questão de deixar claro. Quando digo espontâneo, é isso mesmo, ele deixa claro para a pessoa que não gosta dela sem nenhum pudor!

O meu amigo é gente boníssima. Seu estilo só é percebido por quem ele decide que não gosta, e por quem o conhece a muito tempo e se diverte vendo ele fazer das dele e desabafando seus motivos depois. A figura do chato mesmo é a do que adora falar mal dos outros, expondo livremente seu julgamento, excluindo na maioria dos casos o próprio julgado do retorno apreciativo. Eu costumo dar nome a este de "crítico mordaz". 

Aprendi e aprendo muito com meu amigo, desde os tempos de colégio. Hoje a lembrança desse meu grande camarada me fez pensar em seu contraponto. Talvez em um maior ainda, levando o Mordaz em conta. Como seria um indivíduo capaz de encontrar "conformidades" nas pessoas? Pausa: mas o contrário de defeito não é qualidade? Será que é mesmo?

Qualidade, segundo uma aula de Marketing de faculdade que tive, é o quanto determinada coisa satisfaz as necessidades de quem a adquire. Por acaso uma pessoa qualquer tem algum contrato ou compromisso de satisfazer as necessidades de outra pressuposto?

Pergunta definitivamente retórica esta!

Este é o motivo de eu estar escolhendo o termo "conformidades" a encontrar. Para um início de pensamento, decido começar definindo esse tal que vou dar nome de "ante-crítico" como sendo alguém com a "atitude diligente de procurar em outras pessoas traços que tenham potencial de contribuir com ele de alguma forma"?
Parei para pensar e não consegui ver falhas na idéia de que esse camarada aprende até com o Crítico Mordaz! E, por outro lado, que este último sofre para aprender com qualquer um.

Um fumante inveterarado de charutos, que as vezes são só charutos, compartilhou umas idéias sobre sua visão da necessidade de criticar. Ele dizia que "nos incomodamos com os outros quando neles encontramos um reflexo de nossos próprios defeitos". Legal isso que ele falou, mas eu ainda acho que não era tabaco aquele treco que ele apertava não. Só um charuto!? ...sei!

Meu outro post foi sobre como lidar com coisas como críticos mordazes e até tipos mais violentos. Este, eu queria que fosse mais como se comportar mais como esse "ante-crítico". Entretanto sinto-me frágil com meus conceitos. Estou criando um modelo. Essas coisas são como referencias vazias, sabem? Ninguém jamais conseguirá ser assim o tempo todo. Faz parte de nossa natureza se reconhecer um no outro. Todo mundo as vezes entra numa de crítico mordaz. Algumas pessoas só têm a característica de ficar mais presas a isso que outras. Acho que para encontrar de fato o que eu chamaria de "referencia cheia", teríamos de diligentemente ficar atentos uns aos outros para tentar capturar "no ar" os momentos do "ante-crítico".

Ah! E sempre temos a possibilidade de abstrair, criando antíteses sobre o comportamento do "crítico mordaz". Se não der pra adquirir muita sabedoria, pelo menos rende um post legal pra colocar num blog e dividir com os amigos!

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